Lá estava ela
Branca
Redonda
Se esvaindo em Luz!...
E nuvens vaporosas
Macias
Bailantes
Delicadas
Suavemente
Em movimento andante
Desenhavam arabescos
Buscando seu quinhão de brilho.
Ela parecia valsar
displicentemente
Deslizante
Escorregando
Tangentemente Impalpável
Em inigualável Estado de Graça
Lá estava ela
Redondamente farta aleitava
Prenha de fogo abrilhantava
Desprendendo lava...
Eu aqui ardendo em febre
De mil ampere
Olhava ela
Purgando em lastros
Pela trilhadela
Quase me derreto
Nesse dueto...
Em seu fulgor me abraso
Acalmando chamas
Aplacando dramas
Aplacando dramas
Crepitando anseio
De ilusão e devaneio
Dançando sigo
Sorvendo luz
Morrendo n’alma
Maria Tereza Penna
Maria Tereza Penna
4 comentários:
Poema maravilhoso, cadenciado e misterioso como a música, como a lua.
Abraço,
Renato
www.costelasocial.blogspot.com
Já estou te seguindo no seu blog www.costelasocial.blogspot.com
Lindo demais! E que poema! Parabéns!
Lindíssimo grande poeta Maria Tereza Penna, o pianista e a música!
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