21 de setembro de 2012

Religare

Ontem eu escrevi! Nunca trabalhei tanto...!

Eu me senti desconfortável, como se tivesse feito a coisa errada.
Eu deveria ter dito: Eu realizei...
Eu realizo 20 horas por dia e sonho com a realidade por 4 horas apenas.
Uma vez me ofereceram um livro que eu consegui ler 4 páginas somente: A Cábala do Dinheiro.
A única coisa que ficou em minha mente foi: Quem trabalha de graça não merece respeito!
Eu sou uma marginal. Não sei como será o meu futuro, se é que eu tenho algum.
Não sei qual é o meu presente, pois dizem que eu vivo do passado.
Eu escrevi: Fazer – Viver, Viver - Fazer.
Eu faço, para que eu continue viva! Eu realizo, para que possa sobreviver.
Não sou uma trabalhadora da cultura, não gosto da palavra trabalho.
Ela encerra um karma nefasto na história da humanidade.
Dirão que sou subversiva por pensar assim.
Eu não pretendo explicar pensamentos, apenas expô-los.
A Abelha sempre está presente, quem quiser que se atreva a mistificar.
O verbo fazer já compreende todo o significado, mas o seu realizador se tornou feio: Feitor
Por que? Não existe um “Fazedor”?
Então vou ficar com Realizador.
Eu sou uma Realizadora.
Ontem eu consegui definir o que sou.
E gostei de sabê-lo ser.
Taí: Sou uma Realizadora e gosto de sê-lo
Não me importo de realizar 20 horas por dia e planejar 4 horas o que FAZER.
Não quero um Deus que desconfie dos meus sentimentos.
Não quero um Deus que me teste com  maçãs e outras guloseimas.
Pois a primeira manifestação e não o primeiro pecado do homem é a “Curiosidade”.
O primeiro pecado do Homem é a sensação da ausência do amor.
Toda a desgraça humana vem do sentimento da rejeição.
Não quero "alguém" que me ajude por que eu o amo.
Quero apenas que me ame para que eu possa me ajudar.

4 comentários:

Unknown disse...

Realizadora!! Que com seu talento e determinacao tambem incentiva e inspira outros a realizarem suas proprias criatividades.

Ivanilde disse...

Oi Tereza, parece que comungamos da mesma ideia, socializar nosso conhecimento!!! Que nosso trabalho seja usufruido socialmente.
Por isso não vendo meus livros, distribuo com maior prazer.
Mas vivemos numa Sociedade onde a troca utilizando o dinheiro!!!
Portanto, precisamos estabelecer o preço!!!
Bjs
Ivanildescritora

Ivanilde disse...

Bom, comentário após quatro anos de divulgação do artigo.
O que me espanta é afirmativa de que "não gosto da palavra trabalho...", talvez precise ler o que é o trabalho na concepção ontológica do Ser Social, o homem se humanizando...,é pelo e com o trabalho foi construído o mundo humano....!
Há várias formas ou espécies de apropriação do trabalho: trabalho escravo, trabalho servil e trabalho assalariado...formas em que o trabalho é meio de sobrevivência..., o TRABALHO HUMANO não pode ser apenas meio de sobrevivência, ele é, acima de qualquer coisa o elemento fundamental que gestou o homem e sua processualidade histórica!
Reflexão feita por Karl Marx em O CAPITAL, sobre Livro, 1 - Volume I e capítulo sobre mercadoria. e Georges Lukács: Ontologia do Ser Social, onde analisa com profundidade o TRABALHO.
Remetendo a música popular: O HOMEM É TRABALHO, SEM TRABALHO O HOMEM NÃO TEM HONRA...
Abçs Ivanilde

Maria Tereza Penna disse...

Prezada amiga
Todos nós temos uma função neste mundo. Como as abelhas têm.
E estamos vivendo uma busca de função. Não o funcional. Não vá ignorância. Hoje, quem procura emprego, não encontra trabalho. Somos o que fazemos!
Vamos pensando..

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