Música: Marco Antônio Teixeira
Poema : Maria Tereza Penna
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Vem chegando...
Vem chegando...
Sorrateiro
se esquivando
desconfiado
deslizando
tão mansinho e elegante
A gente pensa até
que ele pisa em nuvens
Se achegando
Encostando
Enroscando
Ronronando
Implorando
Suplicando
de soslaio
até a gente
afagar
Aí a gente pega
se apega
apelida
afunda em pelos
Cuida
alimenta
e sustenta
de carinho
o que a gente viu chegar
Um dia
se preocupa
Olha as horas
ansiosa
Até o portão
volta nervosa...
incomodada
angustiada
até o portão
volta nervosa...
Se descabela
se desgrenha
se atropela
até o portão
volta nervosa...
Até o dia amahecer.
Então se dá conta
Que o amor
não deixa rastro
endereço
nem recado
Nem pedido,
de desculpa...
Não há remédio
nem suspiro...
Não tem nada
que se peça
que se faça
que o encante
que o force
Retornar...
Se um dia
Partir?
Foi-se...
Maria Tereza Penna
3 comentários:
Maravilha, Maria Tereza Penna.
A delicada composição do meu querido amigo Marco Antônio Moreira completa o movimento de todos os gatos. A partida dói.
Teixeira, querida Graça...
Bj!
Amor de gato, parece muito o de gente. Principalmente quando se vai. Parabéns, querida!
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