9 de fevereiro de 2010

Batismo da morte ou Consciência de Vida

Que nunca se apague no espaço-tempo a memória do cosmo aminiótico
Que a divindade máxima me receba e me banhe de líquido e de luz
Que eu viva enquanto durar minha eternidade
Cercada do carinho das dádivas
E quando chegar a minha hora
Que eu sinta o cheiro do inodoro
Que eu leve comigo o sabor do insípido...
Que eu enxergue claramente a transparência...
Que o gelo que se derreter pelas incertezas
Não inunde minha mente nem meu coração
Que os céus conspirem e eu ainda possa andar sobre as águas.
E eu leve comigo a sensação das águas banhando meus pés...
E me dissolva nesse mar de luxúria e prazer.
Reverenciando no infinito o que me foi doado uma vez.
E lavando meu rosto molhado por minhas lágrimas salgadas.
Eu sinta a saudade que nunca mais sentirei...


Maria Tereza Penna

Um comentário:

Carmen Regina Dias disse...

Bárbaro, a mais não poder. Uma viagem para si mesmo. Um poema de vida.

Parabéns!

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