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13 de abril de 2010

Ridendo Castigat Mores

 Não sou partidarista!
Não gosto dos ismos e nem da falta de Liberdade de Expressão.
Criminosos sempre darão um jeito de coibir o pensamento!
Isso foi extraído de um blog em que eu me manisfetava, porque tinha afinidades.
Porém é um blog de Propagandas ainda por cima eleitorais
E eu denunciava os barramentos assassinos das mineradoas.
Não pensei que patrocinavam Blogs...
Eu acredito na Liberdade de Expressão!

A PONTE E O MANIFESTO

Publicado por Achel Tinoco em 6 fevereiro 2010 às 14:13 emPolítica

Para o ignorante, tudo que não entende volta-se contra ele e, por isso mesmo, faz-se preciso combater; para o PT (Partido dos trabalhadores), tudo que não se converte em aplausos torna-se ofensivo, raivoso e reacionário; do mesmo modo que tudo que não se reflete nas águas do lago também não é espelho para Narciso. Atravessando essa Ponte de Waterloo, e como resposta ao Manifesto de João Ubaldo Ribeiro, a única alusão plausível que se pontua nos jornais é a de que o mesmo já não mora naquela ilha. Ou seja: cunha-se nas mentes adestradas de um povo que, por isso mesmo, o escritor está tolhido de emitir sua opinião. Ora, tal manifesto deveria ser recebido aos pulos e aos pulos se deveria discutir apartidariamente o projeto, a ideia, a obra, o impacto ambiental, o futuro, mesmo que uns sejam contra, outros a favor, e alguns tão somente neutros. Importaria a saudável discussão utópica.

Além do mais, pergunta-se:

1-Todo aquele que sai de casa — seja para estudar, trabalhar, conhecer —, deixa de gostar da casa?

2- Será que perde o direito de pensar, lutar, voltar para casa?

3- Por acaso o governador da Bahia, Jaques Wagner, que tanta ênfase dá ao fato de o escritor Ubaldo Ribeiro não morar atualmente em Itaparica, deixou de gostar do Rio de Janeiro, sua terra natal?

4- Ou o cidadão Jaques Wagner, quando visita o Rio, não pode mais achar feio as ruas, os morros, a ponte sobre a baía da Guanabara?
Portanto, nesses moldes democráticos, como tão bem apregoa o governador, e toda a gente, João Ubaldo, como qualquer um de nós, tem todo o direito de se manifestar, de discordar, criticar as coisas da Bahia, do Brasil e até do mundo inteiro, mesmo ele morando no Leblon, em Tacaembó, ou na Cochinchina.
Deixemos, pois, de ser bairristas e, principalmente, ignorantes. Tudo o que ele escreveu, dentre muitos outros que também escreveram — contra ou a favor —, nada tem de besteirol, mesmo o freguês gostando, aprovando, concordando ou não.

Responder até Stella Maris em 6 fevereiro 2010 at 18:46

Achel, perfeito esse manifesto, deixemos mesmo de ser bairristas e vamos apoiar esse manifesto

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Responder até elizabeth em 7 fevereiro 2010 at 0:11

Não estou a compreender, que ponte?Qual manifesto? Será que é porque estou meia loira, e não conheço nem uma nem outro? Talvez porque não leia o Estadão, e quando leio, aos domingos, não leio a coluna do Ubaldo, vou direto pras palavras cruzadas. Já estas são muito melhores que as da Folha.

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Responder até elizabeth em 7 fevereiro 2010 at 0:31

Lembrei até da minha amiga Silvanete, de tradicional família baiana, aliás. Ligaram para ela para vender assinatura da Folha e ela disse:"Não mesmo, que as palavras cruzadas da Folha são muito ruins, já vêm com a resposta, fico com as do Estadão"

Responder até Achel Tinoco 1 dia atrás

Querida amiga, uma ponte que liga a cidade do Salvador a Ilha de Itaparica. De repente, não mais que de repente, o governo quer construi-la ao curto de dois bilhoes de reaia. E o escritor Joao Ubaldo escreveu um manifesto contra a ponte. O governador da Bahia nao gostou e so faltou chama-lo de analfabeto, etc...

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Responder até Achel Tinoco 1 dia atrás

Obrigado, minha amiga. Apenas tento defender o direito de se expressar de todos e a saudável discussão. Um abraço,

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Permalink Responder até Paulo Roberto Stockler em 6 fevereiro 2010 at 19:48

tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas eu tenho comigo que esse negócio de "poetas, loucos e vagabundos", se me entende, ficarem escrevendo em jornais, revistas, falando em programas de TV ou rádio, sobre certas particularidades fora de suas especialidades, ser completamente inadequado, posto que esses órgãos, entidades, empresas, etc, já dispõe em seus quadros, especialmente da mídia clássica, gente, paga para falar sobre o que não lhes foi perguntado, e geralmente de maneira tendenciosa, servindo aos interesses de pessoas sem nenhum compromisso com a honestidade. aí vem x, y, z, muitas vezes, na maior inocência, querer dar o seu "pitaco", e aí, feliz, ou infelizmente, corre o risco, sim, de ser replicado, e isso, é saudável, ao invés de motivo para criação de manifesto, esta é a minha opinião.faria um manifesto para que deixem aos especialista desses ógãos, falarem suas "bobagens" e que os "poetas, loucos e vagabundos", falem sobre o que lhes é peculiar!!

Responder até Achel Tinoco 1 dia atrás

Vou acabar concordando com vc. Eles são realmente pagos para falar o que se quer ouvir.

Responder até Maria Tereza Penna em 8 fevereiro 2010 at 17:23

Só não concordo com isso Tinoco:
“para o PT (Partido dos trabalhadores), tudo que não se converte em aplausos torna-se ofensivo, raivoso e reacionário;”
Eu diria, para os partidaristas, ou partidários...
Não deveria ter citado isso aí você cai em contradição e justifica o que abominou...sinto muito, mas é minha opinião...
para o PT (Partido dos trabalhadores), tudo que não se converte em aplausos torna-se ofensivo, raivoso e reacionário;
Isso torna seu texto menor e exalta os ânimos...e você também acaba fazendo parte dos que sofrem da Síndrome.Isso não foi legal.
A não ser que você queira provocar uma discussão.Mas aí você emporcalha seu texto ótimo e relevante.
Gosto particularmente do modo como escreve, e gostaria de meter o meu "pitaco".
Sei que não vai brigar comigo por causa disto.

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Responder até Achel Tinoco em 8 fevereiro 2010 at 21:12

Mas claro que nao vou brigar com vc, oxente. Estou justamente tentando abrir uma discussao... assim estaremos sempre em contato e debatendo, civilizadamente.

► Responder até Maria Tereza Penna em 8 fevereiro 2010 at 18:24

Caro Paulo Roberto
Faço parte de um grupo que briga pelas águas aqui...
E tem pessoas semi-analfabetas que podem dar aulas de revitalização de nascentes a qualquer catedrático em gestão ambiental.
Onde abastecerão as babilônias que estão sendo construídas aqui em Minas?
Onde buscarão águas... para abstecer um fluxo de mais de 16.000 pessoas dia.
E as redes hoteleiras que virão junto?
Onde enfiarão as pessoas que migrarão para as regiões que ainda tem suas bacias preservadas...
Aqui já temos 47 chacreamentos clandestinos
Só buscaraão se mantiverem o mesmo nível...das águas é claro...
Terão que nos matar primeiro...
E essas pessoas não têm o curso superior, mestrado, nem doutorado como alguns infames que votaram para a implantação de obras faraônicas que só durarão 4 anos e privilegiarão alguns plantadores de de cana e mamona.
Eles ficarão com o bônus e nós aqui emk Minas com o ônus.
somos apartidários.
Portanto meu caro não confunda as bolas...
Mais vale um maluco vidente que mil oportunistas decorrentes.
E estou cansada de eu concordo... eu concordo sem postagens consistentes...
Nossa briga é para frear o crescimento desordenado e a degradação ambiental. E tudo que se refere a ela ou a qualquer outro assunto, nós leigos, videntes, pastores, padres, catadores de papel, cartomantes, médiuns, analfabetos, doutores, mestres juízes, desembargadores, jornalistas, gays, lésbicas, ambientalistas, etc...etc... etc... Estaremos sempre solidários com a causa ambiental ou melhor da SOBREVIVÊNCIA> Temos todo o direito e o dever de postar nossos "pitacos".

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Permalink Responder até Paulo Roberto Stockler em 8 fevereiro 2010 at 18:28

Morri!! Ploft...

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Permalink Responder até Cabocla em 9 fevereiro 2010 at 0:18

faz é bem...

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Responder até elizabeth em 9 fevereiro 2010 at 0:39

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, adorei Paulo

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Responder até Achel Tinoco em 9 fevereiro 2010 at 11:01

Lembrei o título é: ADEUS, ITAPARICA

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Responder até Marise em 9 fevereiro 2010 at 10:34

Está aqui o tão famoso "Manifesto de Ubaldo".

O ARTIGO DE JOÃO UBALDO

Como todos os anos, vim a Itaparica, para passar meu aniversário em minha terrA, na casa onde nasci. Casa de meu avô, coronel Ubaldo Osório, que fez pouco mais na vida que amar e defender a ilha e seu povo.
De lá para cá, muito se tem perpetrado para destruí-los física ou culturalmente e há nova tentativa em curso. Trata-se da anunciada construção de uma ponte de Salvador para cá. Isso é qualificado, por seus idealizadores, de progresso.
Conheço esse progresso. É o progresso que acabou com o comércio local; que extinguiu os saveiros que faziam cabotagem no Recôncavo; que ao fim dos saveiros juntou o desaparecimento dos marinheiros, dos carpinas, dos fabricantes de velas e toda a economia em torno deles; que vem transformando as cidades brasileiras, inclusive e marcadamente Salvador, em agregados modernosos de condomínios e shoppings acuados pela violência criminosa que se alastra por onde quer que estejamos enfurnados, ilhas das quais só se sai de automóvel, entre avenidas áridas e desertas de gente.
Também conheço os argumentos farisaicos dos proponentes da ponte, ávidos sacerdotes de Mamon, autoungidos como empresários socialmente responsáveis. Na verdade, sabem os menos ingênuos, eles se baseiam em premissas inaceitáveis, tais como uma visão imediatista, materialista e comprometida irrestritamente não só com o capital especulativo, que já está pondo as mangas de fora no Recôncavo, como aquele que investe aqui usando os mesmos padrões aplicados em PagoPago ou na Jamaica. A cultura e a especificidade locais são violentadas e prostituídas e o progresso chega através do abastardamento de toda a verdadeira riqueza das populações assim atingidas.
As estatísticas são outro instrumento desses filibusteiros do progresso que em nosso meio abundam, entre concorrências públicas fajutas, superfaturamentos, jogadas imobiliárias e desvios de verbas. Mas essas estatísticas, mesmo quando fiéis aos dados coligidos, também padecem de pressupostos questionáveis. Trazem à mente o que alguém já disse sobre a estatística, definindo-a como a arte de torturar números até que eles confessem qualquer coisa. E confessarão, é claro, pois Mamon é forte e sempre esteve na crista da onda.
Mas não mostrarão que esse progresso é na verdade uma face de nosso atraso. Atraso que transmutará Itaparica num ponto de autopista, entre resorts, campos de golfe e condomínios de veranistas, uma patética Miami de pobre. E que, em lugar de valorizar o nosso turismo, padroniza-o e esteriliza-o, matando ao mesmo tempo, por economicamente inviável, toda a riqueza de nossa cultura e nossa História. Quem não é atrasado sabe disso.
Para não cometer esse tipo de atentado é que, em Paris, por exemplo, não se permite a abertura de shoppings onde isso possa ferir o comércio de rua tradicional. Tampouco, em Veneza, as gôndolas foram substituídas por modernas lanchas. Num país não submetido a esse estupro socioeconômico e cultural, os saveiros seriam subsidiados, as antigas profissões, o artesanato e o pequeno comércio também. Exercendo a vocação turística de toda a região, teríamos razão em nos mostrar com tanto orgulho quanto um europeu se mostra a nós. Mas nosso destino parece ser acentuar infinitamente a visão que enxerga em nós um país de drinques imitando jardins, danças primitivas, pouca roupa e nativas fáceis.
Adeus, Itaparica do meu coração, adeus, raízes que restarão somente num muro despencado ou outro, no gorgeio aflito de um sabiá sobrevivente, no adro de alguma igrejinha venerável por milagre preservada, na fala, daqui a pouco perdida, de meus conterrâneos da contracosta. Sei em que conta me terão os que querem a ponte e não têm como dizer que só estão mesmo é a fim de grana, venha ela de onde vier e como vier. Conheço os polissílabos altissonantes que empregam, sei da sintaxe americanalhada em que suas exposições são redigidas e provavelmente pensadas, como convém a bons colonizados, já ouvi todos os verbos terminados em “izar” com que julgam dar autoridade a seu discurso.
É bem possível que a ponte seja mesmo construída, mas, pelo menos, não traio meu velho avô.
JOÃO UBALDO RIBEIRO

Será que vale tanta discussão???

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Responder até Marise em 9 fevereiro 2010 at 10:38

Rogério, como tambe´m não leio jornais, coloquei aqui o "importante" texto do Ubaldo para que possas ter uma idéia desta "grande discussão".
Beijo

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Responder até Marise em 9 fevereiro 2010 at 11:16

Paulo Roberto, depois desta vou te acompanhar...Também morrri...Plft.kakakaka

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Permalink Responder até Maria Tereza Penna 1 dia atrás

POR FAVOR ALGUÉM AÍ ACHE O QUE JAQUES WAGNER FALOU E POST!!

Eu não havia lido nada ainda a respeito...
Mas entendi perfeitamente.Entendi sem fazer muito esforço...
Por que algo sobre João Ubaldo e por conhecer o que estão fazendo aqui em Minas com os barramentos que farão das regiões metropolitanas São Paulo X Tietê...
E eu fui votar contra...sou radicalmente contra...
E nos meus outros Posts quando não entendo, pesquiso e peço indidicações de links...
E como a Marize disse bem alguns aqui precisam de Simancol.
E obrigada pelo post...
Eu também achei isto...
E parece minha luta aqui...
Projeto de ponte entre Salvador e Itaparica gera críticas a J. Wagner

Vasconcelo Quadros , Jornal do Brasil

BRASÍLIA - O governador Jaques Wagner (PT) quer entrar para a história como o líder político que materializou a obra de maior impacto na vida dos baianos, a ponte Salvador-Itaparica, colosso com extensão de 14 quilômetros, custo estimado entre R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões e vetor de um megaprojeto de infraestrutura de desenvolvimento regional. Mas há uma pedra no meio caminho. E das grandes.
– Se essa ponte sair vai favelizar a ilha. Será a lógica da especulação imobiliária e da roubalheira. Itaparica será uma patética Miami tupiniquim dos pobres – dispara o escritor João Ubaldo Ribeiro, ilustre itaparicano, que passa férias na ilha e não se conteve ao tomar conhecimento do grande empreendimento.
O protesto do escritor que universalizou a ilha em seus livros vem desencadeando uma série de manifestações de artistas e intelectuais, preocupados com o impacto das obras em dois santuários, a Baía de Todos os Santos e as cidades de Itaparica e Vera Cruz. Hoje, Itaparica é uma bucólica e paradisíaca ilha com pouco mais de 20 mil habitantes, distribuídos em 240 quilômetros quadrados. Ubaldo acha que, de um lado, a ponte atrairá mais pobreza, violência e destruição ambiental e, de outro, a especulação imobiliária, com requintados e milionários condomínios fechados.
 Não haverá preservação coisa nenhuma – diz o escritor, que sacudiu a Bahia com um artigo, Adeus, Itaparica, publicado a seu pedido no jornal A Tarde, de Salvador. Embora garanta que não teve a pretensão de abrir uma cruzada, o escritor ganhou gosto pela polêmica e reforçou seus argumentos com severas críticas à iniciativa. – Só expressei minha desolação.
João Ubaldo, que considera o projeto “uma estupidez” movida, entre outros fatores, por um processo de estigmatização do “ferry-boat”, o precário sistema de travessia de Salvador para Itaparica, cujas filas, em feriados e fins de semana, se arrastam por até seis horas.
– Com R$ 150 milhões de investimentos é possível reaparelhar e colocar mais três ou quatro embarcações sem correr o risco de homiziar as favelas ou nos deixar como marisco entre os donos da terra e os posseiros – desabafa o escritor. Ele diz que a procura por terra já começou e afirma, com base em informações de amigos engenheiros, que a estimativa de gastos do governo estadual faz parte do “velho golpe” de começar uma obra e depois dizer que o orçamento estourou. – Pode apostar que não cobre (o valor estimado) nem o primeiro quarto da ponte.
O governo baiano praticamente já abriu o canteiro de obras para a construção da ponte, que será mais longa que a Rio-Niterói (13,2 km) e comparável à Vasco da Gama, sobre o Rio Tejo, em Portugal (17,3 quilômetros). Há mais de três décadas na gaveta, um esboço do projeto foi entregue por Wagner ao presidente Lula em março do ano passado, com um pedido para que a iniciativa fosse incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. O resultado já é visível: o orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Denit) deste ano tem disponíveis exatos R$ 23.752.770,00 para os estudos de viabilidade e dos impactos da obra.
– O João Ubaldo tem todo o direito de destilar o veneno dele. Deve estar olhando para governos anteriores – reagiu o secretário de Planejamento do governo baiano, Walter Pinheiro. A ponte, segundo Pinheiro, vai além de Itaparica. Criaria um novo eixo de expansão da já esgotada região metropolitana de Salvador pelo lado Oeste do estado, interligando uma via expressa a partir do Porto de Salvador ao Recôncavo Baiano e à região do Baixo Sul da Baia pela BR-242. E desta para as duas principais rodovias federais, a 116, em direção ao centro do país, e a 101, pelo litoral.
Na semana passada, com a publicação do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) convocando empresas e pessoas física interessadas em esboçar o projeto da ponte, o governo baiano sinalizou que não se trata mais de uma simples idéia. Depois, garante o secretário de Planejamento, Walter Pinheiro, virão as outras etapas, como o edital e, finalmente, a licitação.
População local apoiaria obra em caso de plebiscito.
Encarregado de tocar o projeto da ponte Salvador-Itaparica, o secretário de Planejamento, Walter Pinheiro garante que as obras só serão executadas depois de uma ampla discussão com a sociedade baiana. Apesar dos grandes interesses que colocam duas gigantes da construção civil como possíveis participantes, a OAS e a Odebrecht, o governo não fechou ainda com nenhum projeto, cujo prazo para apresentação vai até 14 de março. Pinheiro responde o principal crítico da obra, o escritor João Ubaldo Ribeiro, afirmando que a reação é resultado do amplo debate.
– O velho João Ubaldo saiu da rede. Se não fosse o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), ele receberia a ponte pelo peito – ironiza o secretário. Pinheiro garante que o projeto tem viabilidade econômica, sustenta que o governo está atento a todos os aspectos do impacto da obra e afirma que a suspeita de corrupção levantadas pelo escritor é vício da eterna desconfiança de governos passados. – O João Ubaldo não se libertou do vício da coisa pronta.
O secretário acha que, ao levantar suspeitas de propina antes da existência de um projeto, o escritor está “adjetivando” o próprio irmão, o engenheiro Manuel Ribeiro Filho, diretor da OAS, uma das empreiteiras que reivindicam participação na obra. Irmão mais novo de João Ubaldo, Manuel entregou ao governo, no ano passado, uma proposta de construção da via expressa Salvador-Itaparica, reforçando a viabilidade das obras para a economia de Bahia.
Ao JB, o escritor afirmou que diverge das opiniões do irmão e admite que, caso o governo recorra ao que chama de “modismo” e realize um plebiscito, a maioria dos moradores da ilha estará a favor da ponte.
– Se a gente fizesse uma lista de quem mora em Itaparica e é a favor da ponte, seria uma covardia. O João Ubaldo vai lá de vez em quando – alfineta o secretário de Planejamento que, apesar das divergências por causa da obra, se define como um fã do escritor. – Viva o Povo Brasileiro (uma das mais famosas obras do escritor) é meu livro de cabeceira. (V.Q.)

21:52 - 03/02/2010

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Responder até Maria Tereza Penna em 8 fevereiro 2010 at 2:17

Comecei aqui com um post discordando do seu...
E nos tornamos amigos, por que respeitamos argumentos e diferenças.
E creio que aprendemos algo juntos.
ACHO ENRIQUECEDOR.
Vi um post onde uma Catadora de Papel dizia o que muitos especialistas não perceberam durante 500 anos.
E concordo com você.
Esse negócio de só especialistas darem pitacos é que nos meteu nas medidas provisórias, nos aprisionou nos paradigamas.
Nossa baixa-estima nos faz calar o que deveria ser combatido com vêemencia...
E que poetas loucos tenham, espaços pois deles é o reino da sinceridade e da verdade...
"Portanto, nesses moldes democráticos, como tão bem apregoa o governador, e toda a gente, João Ubaldo, como qualquer um de nós, tem todo o direito de se manifestar, de discordar, criticar as coisas da Bahia, do Brasil e até do mundo inteiro, mesmo ele morando no Leblon, em Tacaembó, ou na Cochinchina.
Deixemos, pois, de ser bairristas e, principalmente, ignorantes. Tudo o que ele escreveu, dentre muitos outros que também escreveram — contra ou a favor —, nada tem de besteirol, mesmo o freguês gostando, aprovando, concordando ou não. "
Manifesto contra as corporações e a favor da livre expressão, da livre opinião.
Todas os extremos tem suas Alas Burras que fingem que não entendem, mas entendem e continuam fingindo-se de desentendidos... E que todos os especialistas, loucos e poetas possam se manisfestar sem definirem, onde, como e quando...

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Responder até Maria Tereza Penna 1 dia atrás

Grande Tinoco!!!... Rezemos para que a Lei Seca não venha com bafômetros para aqueles que queiram se embrigar de arte... ou da arte... Porque para implantação de ditaduras de Esquerdas e de Direitas são os primeiros a terem suas cabeças cortadas. http://www.paixaoeromance.com/80decada/80baile_da_vida/h_baile.htm

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Responder até Paulo Roberto Stockler em 8 fevereiro 2010 at 17:11

Responder até Rogério Maestri em 8 fevereiro 2010 at 16:25

Caro Achel
Sou aqui do Rio Grande do Sul, não leio os jornais do centro do país, logo não entendi nada do que estás escrevendo, será que terias a fineza de esclarecer melhor para que possa ao menos ter uma idéia do assunto?

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Responder até luzete em 8 fevereiro 2010 at 17:08

cadê o maifesto do joão ubaldo, achel?
ou é prá discutir o teu manifesto a favor do manifesto do joão ubaldo?
mas se for prá discutir omanifesto do joão ubaldo, achel num gosta... e até já preparou um maço de rótulos prá quem ousar discordar do joãozinho...então, vc quer o quê? diz aí o que estamos autorizados a discutir...

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Responder até Achel Tinoco em 8 fevereiro 2010 at 21:08

Luzete, não tenho o manifesto aqui agora, saiu no Jornal A Tarde e eu nao o copiei. Mas acho que vc pode encontra-lo em na internet com facilidade. E eu não quero nada, apenas acho que todos temos ainda direito de se expressar e criticar e discutir. So isso. Um abraço

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Responder até elizabeth em 8 fevereiro 2010 at 21:53

Achel, você é jornalista? Acho que não, pois todo jornalista tem o dever de citar fonte, primeiras lições básicas de jornalismo.
De qualquer forma, regra básica em blogs é também, para jornalistas e não jornalistas, citar fonte, dar link.Você viu a confusão que deu aqui, porque não tinha o link? Você presumiu, sendo da Bahia, que todos de vários outros estados conhecessem a notícia: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, etc. O mundo tem notícias em excesso, ninguem consegue acompanhar tudo.Quem lê tanta notícia? E muita gente hoje não lê jornal, é informada pela Web.
Não é o leitor que tem procurar a fonte, quem postou deve fazê-lo.

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Responder até Achel Tinoco em 9 fevereiro 2010 at 11:10

vc esta certo, me desculpe, realmente escrevi o artigo para os jornais de Salvador e nao me atentei para as outras pessoas... Mas obrigado pela dica. E nao sou jornalista, sou escritor.

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Responder até Rogério Maestri em 8 fevereiro 2010 at 22:27

Achel
O problema é que para quem mora no Rio Grande do Sul e não lê o Jornal A Tarde (de que estado ele é?). Querer discutir algo é louvável, mas se assim queres tem que fornecer subsídios para tanto. É difícil colocar em discussão um fato ocorrido sem que se saiba qual este fato. Se por outro lado tu quisesses discutir uma opinião pessoal sobre uma idéia só tua este caminho é perfeito, mas quando se trata de opiniões de outros precisamos de informações para não ficar "boiando".

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Responder até Hermê em 8 fevereiro 2010 at 23:54

Verdade, Rogério
O Achel podia postar um mapa mundi da Bahia.

Responder até Cabocla em 9 fevereiro 2010 at 0:15

quáquá...
discípulo de zezita...

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Permalink Responder até Achel Tinoco em 9 fevereiro 2010 at 11:14

talvez vc o encontre em qualquer caderninho da primeira série. Afinal, a Bahia não fica tão longe assim, e faz parte do Brasil, pelo menos acreditamos... É aquele Estado onde nasceu Castro Alves, Rui Barbosa, Jorge Amado e até João Ubaldo Ribeiro, e talvez vc já tenha ouvido falar mas nao está lembrado.

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Responder até elizabeth em 9 fevereiro 2010 at 11:24

É que Hermê mora no Japão, Achel, mas entende nossa lingua e escreve bem.Os japoneses adoram a lingua portuguesa, e inclusive o carnaval, o samba e a bossa nova.Quando conhecer a Bahia, então...

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Responder até elizabeth em 9 fevereiro 2010 at 0:37

A tarde é da Bahia, esse menino.

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Responder até Achel Tinoco em 9 fevereiro 2010 at 11:11

O jornal A Tarde é da Bahia, o maior do NOrte Nordeste. Mas me desculpe, realmente me descuidei nas fontes... um abraço.

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Responder até Cabocla em 9 fevereiro 2010 at 0:17

Achel, desculpa, mas como assim: vc pode encontrá-lo na net com facilidade?
Vc trouxe prá discussão, vc tem que trazer o manifesto...
senão, como "se expressar, criticar e discutir"?

Responder até Paulo Roberto Stockler em 8 fevereiro 2010 at 17:11

cara Maria Tereza, é claro, que qualquer um tem o direito de falar o que pensa, sobre o que quer que seja e creio que até aqui, concordamos. o que talvez eu tenha "descontado" em Ubaldo, seja o fato de não aguentar mais, ler jabores, ubaldos, gullares, médicos, dentistas, engenheiros, jogadores de futebol, artistas, etc, em suas colunas em jornais, revistas e TV, para atacar A ou B, que não seja de sua "praia". me parece um mal uso do espaço e me sinto sacaneado, justamente por não achá-los, de modo algum, melhores do que qualquer outra pessoa, para discorrerem sobre suas opiniões, como fossem verdades absolutas, tirante entrevistas. parece-me que prevalecem-se do dito espaço, que por certo não os foi "doado" para dessa maneira exercitar seus "eu acho", se me entende, e na mais das vezes, acompanhando a linha editorial dos canais aonde se pronunciam, que na mais das vezes, são bastante limitadas, prá não usar outro termo.
aproveitando o exemplo do pessoal animado, cá do forum, você já imaginou se o cara do horóscopo "entra numa" de falar da ponte, em sua seção??
prefiro o Ubaldo, "dando o horóscopo"...
abraço!!

Responder até Marise em 8 fevereiro 2010 at 18:03

Paulo concordo contigo. Tem tanta gente falando bobagens. Tentando enganar os outros com assuntos que não são sua praia. Claro que todos tem direito de dizer o que quiser,mas precisavam ter um pouco de simancol. Eu também preferia ver este Ubaldo fazendo horóscopo.
Beijo

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Responder até Hermê 1 dia atrás

Mas, afinal, a que ponte de Waterloo se referem?

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Responder até Cabocla 1 dia atrás

Seria uma das perguntas das palavras cruzadas, talvez?

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Responder até elizabeth 1 dia atrás

Ou talvez, suspiraria Zezita, as Pontes de Madison, filme lindissimo?

Responder até Mario Abramo 1 dia atrás

Hermê, Se não me engano, a ponte da discórdia, ops, o pomo da discórdia é uma ponte até Itaparica. E isso é um caso extremamente controverso, nem tenho elementos suficientes pra entrar na discussão. Ubaldo pode ter lá suas razões. Itaparica merece uma preservação especial. O problema todo é que o turismo no Brasil é altamente amador, selvagem e predador, com rarissimas e honrosas exceções. Na Bahia, não é nem melhor nem pior do q em outros lugares. Com as construtoras q a gente tem por aqui, uma obra de engenharia dessas é. bom, sei lá, ok, não tá aqui mais quem falou. Por outro lado, o trânsito pra ilha não pode mais ficar estrangulado naqueles ferry-boats, nem dependendo da volta por Nazaré. Qual a melhor solução? Não tenho a mínima idéia. Agora, o Ubaldo, de quem tive a honra, o prazer e o privilégio de ser vizinho lá em Soterópolis, de uns tempos pra cá parece que desarranjou a cachola. Acho q desceu um caboclo Jabor na cacunda.

Responder até Cabocla 1 dia atrás

Caboclo? Nem vem, nós não temos nada a ver com isso...

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Responder até Mario Abramo 1 dia atrás

Bão, se vc diz que seu povo não tem nada a ver, então a hipótese mais plausível fica sendo a moqueca de baiacu das Ameixeiras. Voltando à ilha quente, Itaparica tem três datas da Independência e é inventora da guerrilha erótica. Pois é, a Bahia sempre teve duas, a oficial, no papel, de 7 de setembro, e a verdadeira, 2 de julho. Itaparica a independência é 17 de janeiro. Esquadra lusitana fundeada na ilha, marinheiros na praia, descem mulatas sestrosas de seios desnudos, dançando, os patrícios se animando, chegando junto, levaram a maior surra de cansanção da vida. Daí foi fácil pros soldados tomarem os navios... Internet também é história... ;-)

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Responder até Rogério Maestri 1 dia atrás

Caro Achel Sou aqui do Rio Grande do Sul, não leio os jornais do centro do país, logo não entendi nada do que estás escrevendo, será que terias a fineza de esclarecer melhor para que possa ao

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Responder até Maria Tereza Penna em 8 fevereiro 2010 at 17:12

“Portanto, nesses moldes democráticos, como tão bem apregoa o governador, e toda a gente, João Ubaldo, como qualquer um de nós, tem todo o direito de se manifestar, de discordar, criticar as coisas da Bahia, do Brasil e até do mundo inteiro, mesmo ele morando no Leblon, em Tacaembó, ou na Cochinchina.
Deixemos, pois, de ser bairristas e, principalmente, ignorantes. Tudo o que ele escreveu, dentre muitos outros que também escreveram — contra ou a favor —, nada tem de besteirol, mesmo o freguês gostando, aprovando, concordando ou não.”
Isso foi o que entendi...
Entendi que todos tem o direito de opinar e discordar ou concordar ou fazer o que bem entender.
Sem ser tendencioso...
Sem fechar os olhos para propostas... por causa de ideologias...
Temos que postar nossas opiniões e reivindicar nosso direito de liberdade.
Foi isso que o texto disse...Ou talvez eu não seja só burra e loura...
Talvez eu seja careca?
"Para o ignorante, tudo que não entende volta-se contra ele e, por isso mesmo, faz-se preciso combater; para o PT (Partido dos trabalhadores), tudo que não se converte em aplausos torna-se ofensivo, raivoso e reacionário; do mesmo modo que tudo que não se reflete nas águas do lago também não é espelho para Narciso."
Será que eu não sei ler?
"Atravessando essa Ponte de Waterloo,(deve estar sendo fruto de uma guerra de opiniões como Custo-benefício, justificativas, objetivos, etc...) e como resposta ao Manifesto de João Ubaldo Ribeiro, a única alusão plausível que se pontua nos jornais é a de que o mesmo já não mora naquela ilha. Ou seja: cunha-se nas mentes adestradas de um povo que, por isso mesmo, o escritor está tolhido de emitir sua opinião. Ora, tal manifesto deveria ser recebido aos pulos e aos pulos se deveria discutir apartidariamente o projeto, a ideia, a obra, o impacto ambiental, o futuro, mesmo que uns sejam contra, outros a favor, e alguns tão somente neutros. Importaria a saudável discussão utópica."
Eu entendi isso...

Responder até elizabeth em 9 fevereiro 2010 at 0:38

Marise, os astros apontam uma semana brilhante para você.

Responder até Maria Tereza Penna 1 dia atrás

Abaixo-assinado em apoio a João Ubaldo Ribeiro‏ 404 Signatures
Published by Manifesto Itaparica on Jan 26, 2010
Category: Roads & TransportRegion: BrazilTarget: Governo da Bahia
Background (Preamble):
João Ubaldo Ribeiro
Da Ilha de Itaparica (BA)

Como todos os anos, vim a Itaparica, para passar meu aniversário em minha terra, na casa onde nasci. Casa de meu avô, coronel Ubaldo Osório, que fez pouco mais na vida que amar e defender a ilha e seu povo. De lá para cá, muito se tem perpetrado para destruí-los física ou culturalmente e há nova tentativa em curso. Trata-se da anunciada construção de uma ponte de Salvador para cá. Isso é qualificado, por seus idealizadores, de progresso.
Conheço esse progresso. É o progresso que acabou com o comércio local; que extinguiu os saveiros que faziam cabotagem no Recôncavo; que ao fim dos saveiros juntou o desaparecimento dos marinheiros, dos carpinas, dos fabricantes de velas e toda a economia em torno deles; que vem transformando as cidades brasileiras, inclusive e marcadamente Salvador, em agregados modernosos de condomínios e shoppings acuados pela violência criminosa que se alastra por onde quer que estejamos enfurnados, ilhas das quais só se sai de automóvel, entre avenidas áridas e desertas de gente.
Também conheço os argumentos farisaicos dos proponentes da ponte, ávidos sacerdotes de Mamon, autoungidos como empresários socialmente responsáveis. Na verdade, sabem os menos ingênuos, eles se baseiam em premissas inaceitáveis, tais como uma visão imediatista, materialista e comprometida irrestritamente não só com o capital especulativo, que já está pondo as mangas de fora no Recôncavo, como aquele que investe aqui usando os mesmos padrões aplicados em Pago-Pago ou na Jamaica. A cultura e a especificidade locais são violentadas e prostituídas e o progresso chega através do abastardamento de toda a verdadeira riqueza das populações assim atingidas.
As estatísticas são outro instrumento desses filibusteiros do progresso que em nosso meio abundam, entre concorrências públicas fajutas, superfaturamentos, jogadas imobiliárias e desvios de verbas. Mas essas estatísticas, mesmo quando fiéis aos dados coligidos, também padecem de pressupostos questionáveis. Trazem à mente o que alguém já disse sobre a estatística, definindo-a como a arte de torturar números até que eles confessem qualquer coisa. E confessarão, é claro, pois Mamon é forte e sempre esteve na crista da onda.
Mas não mostrarão que esse progresso é na verdade uma face de nosso atraso. Atraso que transmutará Itaparica num ponto de autopista, entre resorts, campos de golfe e condomínios de veranistas, uma patética Miami de pobre. E que, em lugar de valorizar o nosso turismo, padroniza-o e esteriliza-o, matando ao mesmo tempo, por economicamente inviável, toda a riqueza de nossa cultura e nossa História. Quem não é atrasado sabe disso. Para não cometer esse tipo de atentado é que, em Paris, por exemplo, não se permite a abertura de shoppings onde isso possa ferir o comércio de rua tradicional.
Tampouco, em Veneza, as gôndolas foram substituídos por modernas lanchas. Num país não submetido a esse estupro sócio-econômico e cultural, os saveiros seriam subsidiados, as antigas profissões, o artesanato e o pequeno comércio também. Exercendo a vocação turística de toda a região, teríamos razão em nos mostrar com tanto orgulho quanto um europeu se mostra a nós. Mas nosso destino parece ser acentuar infinitamente a visão que enxerga em nós um país de drinques imitando jardins, danças primitivas, pouca roupa e nativas fáceis.
Adeus, Itaparica do meu coração, adeus, raízes que restarão somente num muro despencado ou outro, no gorgeio aflito de um sabiá sobrevivente, no adro de alguma igrejinha venerável por milagre preservada, na fala, daqui a pouco perdida, de meus conterrâneos da contracosta. Sei em que conta me terão os que querem a ponte e não têm como dizer que só estão mesmo é a fim de grana, venha ela de onde vier e como vier. Conheço os polissílabos altissonantes que empregam, sei da sintaxe americanalhada em que suas exposições são redigidas e provavelmente pensadas, como convém a bons colonizados, já ouvi todos os verbos terminados em "izar" com que julgam dar autoridade a seu discurso. É bem possível que a ponte seja mesmo construída, mas, pelo menos, não traio meu velho avô.

Petition:
Itaparica: ainda não é adeus
Abaixo-assinado sobre a construção da Ponte Salvador-Ilha de Itaparica

"Adeus, Itaparica do meu coração, adeus, raízes que restarão somente num muro despencado ou outro, no gorgeio aflito de um sabiá sobrevivente, no adro de uma igrejinha venerável por milagre preservada"

(João Ubaldo Ribeiro)

Os abaixo-assinados, cidadãos brasileiros, encontraram no emocionante e esclarecedor artigo "Adeus, Itaparica" (Jornal A Tarde, 22/01/2010), de autoria do escritor João Ubaldo Ribeiro, argumentos consistentes e equilibrados para inaugurar um debate amplo sobre o anteprojeto de construção da Ponte Salvador-Ilha de Itaparica, anunciado pelo governo do Estado da Bahia. O itaparicano João Ubaldo, cujos romances puseram a Ilha na geografia literária brasileira e universal, é uma voz qualificada para questionar elementos sombrios e outros mais claros do empreendimento, previsto como bilionário para os cofres públicos e incerto para o destino ecológico e econômico da maior ilha marítima do Brasil. O autor de "Viva o povo brasileiro" não está sozinho em seus questionamentos e nos incorporamos a eles nos seguintes pontos:
1. É dever do governo do Estado da Bahia abrir um abrangente debate público sobre o projeto da Ponte Salvador-Itaparica, cujo edital de parâmetros para a construção foi anunciado pelo secretário de Planejamento, Walter Pinheiro. Entendemos que uma obra dessa dimensão deve ser discutida previamente com o povo baiano em audiências públicas (sobretudo nos municípios de Salvador, Itaparica e Vera Cruz), e não imposta por decisão unilateral do Estado.
2. Lamentamos o anúncio do anteprojeto de uma ponte de 13km sem a realização prévia de um estudo aprofundado de impacto ambiental, histórico e econômico. Representantes da administração estadual alegam vantagens de naturezas diversas, numa polifonia oficial ruidosa e nebulosa quanto às metas do governo. Será a ponte a via tecnicamente mais adequada para melhorar a logística da economia estadual e ao mesmo tempo revigorar a Ilha sem prejudicar suas características?
3. O precário serviço terceirizado de transporte marítimo (ferry-boat) Salvador-Itaparica não é um argumento sólido para justificar a construção de uma ponte faraônica e abracadabrante. Os cidadãos têm direito a um serviço público razoável e eficiente. Cabe ao governo oferecê-lo, como oferecem vários governos ao redor do mundo.
4. Não é clara a prioridade do projeto para o desenvolvimento econômico da Bahia, nem mesmo para o turismo regional. Na capital baiana, há prioridades infra-estruturais gigantescas ainda não atendidas pelo Estado (municipal, estadual e federal), a exemplo da construção do Metrô de Salvador, cujas obras se arrastam, penosamente, há uma década, sem perspectiva de conclusão. Há ainda dezenas de intervenções mais prioritárias, a exemplo da urbanização de áreas periféricas e recuperação de vias de acesso à capital baiana, além de investimentos básicos na própria Ilha e na preservação da Baía.
5. João Ubaldo é irrespondível quando lembra o risco de a intervenção estatal estimular o turismo predatório na Ilha de Itaparica e no entorno da Baía de Todos-os-Santos, com megaempreendimentos agressivos ao meio ambiente e descaracterizadores da singularidade histórica da Bahia. Como enfatiza o escritor, os argumentos governamentais e empresariais apresentados até esse momento prenunciam um "atraso que transmutará Itaparica num ponto de autopista, entre resorts, campos de golfe e condomínios de veranistas, uma patética Miami de pobre. E que, em lugar de valorizar o nosso turismo, padroniza-o e esteriliza-o, matando ao mesmo tempo, por economicamente inviável, toda a riqueza de nossa cultura e nossa História".
6. Anteprojetos e desenhos da estrutura da Ponte Salvador-Itaparica, divulgados pela mídia baiana, apontam para uma agressão à paisagem da Baía de Todos-os-Santos, um patrimônio ambiental inalienável do povo baiano, talvez o último a salvo da sanha empresarial que avança sobre o meio ambiente de Salvador e do Estado. Em sua visita à Bahia, em 1949, o escritor Albert Camus anotou em seu diário de viagem: "Prefiro essa baía à do Rio, muito espetacular para o meu gosto. Esta, pelo menos, tem uma medida e uma poesia". A ponte atingirá a medida e a poesia evocada por Camus, já incorporadas à alma dos baianos e dos turistas; sobre as águas calmas e azuladas de Yemanjá vai se erguer um monumento ao empreendedorismo desalmado?
7. Desejamos uma resposta formal do governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, ao artigo do romancista João Ubaldo Ribeiro e aos baianos. Seria um gesto de delicadeza e compromisso com os princípios democráticos fundadores do seu programa de governo.

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Permalink Responder até Zé Via de Regra 1 dia atrás

Quequé...
Começou, cumadre Elizabeth.
Ontem, entrevista (entrevero à vista) de Don Barretón sacando a velha pistola das "patrulhas ideológicas". Sempre assim.
Triste Bahia das oligarquias e comensais.
Zezita idem idem não tá entendo sobre a rebimboca da parafuseta, mas onde há fumaça zezita traz gasolina, quaquá!
Por exemplo, polêmica 1:
Palavras cruzadas com respostas é mais melhor de bom que sem.
Lady e amiga são masoquistas...

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Responder até Cabocla 1 dia atrás

De forma alguma cumadre amiga...
Cumadre Beth e sua amiga estão certas, meninas más não se entregam fácil assim, as boas que vão correndo ver a resposta...
Eu tb prefiro as do Estadão.
E, fora essa polêmica das palavras cruzadas, não entendi do que se trata aqui.
Era bom ter o texto, que pelo pouco que entendi - talvez seja da ala burra - é o Ubaldo criticando alguma coisa e alguém discordou.
Não pode?
Qual então a necessidade de manifestação daqui?
Ele tá proibido de falar?
Pelo contrário, tem coluna em jornal...
Mas....... calaro, pode-se falar o que quiser, mas vai se escutar o que quer E o que não quer, a resposta faz parte da pergunta...

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Responder até elizabeth1 dia atrás

Cabocla, parece que este post fala de discordância a opiniões de Joao Ubaldo, mas como nao traz o link do Manifesto dele, ficamos sem saber o exato conteúdo.
Então, entre 1998 e 2000, não lembro a data exata, alguem da cúpula da redação do Estadao mais realista que o rei (o dono), censurou uma coluna dele, igualmente nao lembro que tema.
Foi uma grita nacional, jornalistas, intelectualidade, etc, todos a favor de Ubaldo. Correram abaixo- assinados.
Ubaldo selou a boca, nao agradeceu a solidariedade, não atacou a censura interna do jornal, nao disse A nem B.
Quando pensamos que ele pediria demissão após ser censurado, e faria um manifesto público, calou-se.
Na semana seguinte, com a repercussão do agito, o jornal fez umas linhas de desculpas, e ele voltou a colaborar, como faz até hoje.
Por isso eu acho melhor fazer palavras cruzadas do que ler coluna dele, Cabocla, hás de concordar
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Besos

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Responder até Cabocla 1 dia atrás

Pois é, e agora, bem diz Zezita - que pelo visto leu - saca o patrulhamento ideológico.
Esse não pode, mas o do patrão...
Esse alimenta a boquinha, então tudo bem?
Doideira, 100% de acordo, há anos melhor que ler Ubaldos e Jabores é ler horóscopos e palavras cruzadas...
No que subitamente me vem a questão para ti: qual o melhor jornal no quesito horóscopo?

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Responder até Mário Ábramo1 dia atrás

Não posso responder essa pergunta pq seria acusado de tendencioso.

Responder até Maria Tereza Penna 1 dia atrás

Quem discutiu as idiotices ou defendeu na Folha aqui? Você Tinoco? Vc defenderia coisas como a Veja ou Estadão? Tenho a certeza que não... Poeticamente e certamente que não... Tendenciosos distorcem tudo a seu Bel Prazer...

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Respostas a este tópico

Responder até Marise 21 horas atrás

Paulo Roberto, depois desta vou te acompanhar...Também morrri...Plft.kakakaka

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Responder até Elizabeth 21 horas atrás

Affe, ha tantos anos nao leio Ubaldo que nao sabia que a linguagem dele tinha mudado tanto. Nem deu pra continuar Marise, so sorry, fiquei no primeiro paragrafo.
Me lembrei , nao por nada, mas lembrei,do Professor Hariovaldo de Almeida Prado, quatrocentao paulistano.
Mas Itaparica é linda, a balsa que vai de Salvador pra lá é demais e tenho lembranças encantadoras dessa travessia.

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Responder até Achel Tinoco 21 horas atrás

Vixe, Elizabeth, então faz muito tempo que vc nao vem a Bahia, porque a balsa hoje é um velho ferryboat caindo aos pedaços e sem nenhum cuidado. Faz medo atravessar nele, isso quando se consegue, depois de horas de espera. Na verdade, são cinco ferry, mas nenhum em condiçoes aceitaveis de uso. Porém a ilha continua linda, embora abandonada. Um abraço,

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Responder até Elizabeth 21 horas atrás

Faz tempo que nao vou a Itaparica, mesmo. Que pena, mas Itaparica, ao menos, continua e continuará lá.

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Responder até Maria Tereza Penna 21 horas atrás

Não discuto aqui... quem está certo ou não.
A relevância do projeto ou não.
Sou a favor do desenvolvimento desde que seja implementado com pesquisas e com responsabilidade e aval de Sociólogos, Geógrafos, Biológos, Engenheiros, Gestores ambientais, Turismólogos e todos os ólogos a que temos direito.
Por que ouvi que: ou se faz no supetão ou não se faz nada nesse país...
Creio que por isso nós somos os campeões das medidas provisórias.
E compreendo e respeito a opinião apaixonada de João Ubaldo.
Alguém ache e post o que Jaques Wagner escreveu... não encontrei...

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Responder até Maria Tereza Penna 20 horas atrás

Já gosto de você apesar de termos entrado num debate sério, logo de minha entrada aqui..
Gosto de como escreve.
Certamente gostarei do seu livro....
Se não gostar digo...rsss
Podes ter a certeza...

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Responder até Maria Tereza Penna 21 horas atrás

Tinoco disse:
" Deixemos, pois, de ser bairristas e, principalmente, ignorantes. Tudo o que ele escreveu, dentre muitos outros que também escreveram — contra ou a favor —, nada tem de besteirol, mesmo o freguês gostando, aprovando, concordando ou não."

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Responder até Elizabeth 20 horas atrás

Como disse o Paulinho,
PLOFT
FUI

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Responder até Cabolcla18 horas atrás

ploft 3

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Responder até Cabolcla 18 horas atrás

ops, 4, não tinha lido a Marise...

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Responder até Elizabeth 19 horas atrás

Ridendo castigat Mores

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Responder até Maria Tereza Penna 17 horas atrás



Respostas a este tópico
Aí a Elizabeth apareceu com um post que foi retirado...
E eu perguntei: Ressuscitou?

Responder até elizabeth 20 horas atrás

O Nego Dito estará sempre-vivo.

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Responder até Maria Tereza Penna 21 horas atrás


De qualquer forma Fênix também o fez

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Responder até Maria Tereza Penna 20 horas atrás



Achei tudo isso sobre o tema:

Logo após Essa Senhora que se intitula Elizabeth abriu um tema no seu Blog que não tinha moderação, sobre Baudelaire, e, eu achando que estava entre adultos postei trechos de poemas do autor.
Ela simplesmente retirou meu texto, após várias pessoas terem visto, numa visível demonstração de prepotência e arrogância e como se já não bastasse, escreveu: No meu blog e no meu Baudelaire Mando EU...

Não teve a menor decência e sentido moral e muito menos se preocupou se estava humilhando alguém! Por que não optara por moderação em vez de prejudicar e expor pessoas?
Blog da Sra Elizabeth
Está postado no meu, veja abaixo:


Retiraram minha postagem que eram trechos de Baudelaire e fizeram essa barbárie com o aval do administrador.
Fui expulsa sem justificativas pelo Sr Dr Melancia por criar uma página em meu Blog que ele retirara do ar sem minha autorização e eu exigi a volta da mesma.
Resultado: SUSPENSÃO!!! BULLYING!!!
Título da página:
Na Minha Casa e No meu Blog Posto o que Quero.

Blog da Sra Elizabeth
Todos que entraram pocurando "Maria Tereza Penna" No Google viram minha suspensão. Ridícula e imoral. 
No Blog do Melancia uns podem tudo, outros nada.
A panelinha manda e desmanda!!!

Maria tereza Penna
Tavez seja a Rebimboca da Parafuseta!!