4 de novembro de 2012

Ode à Inspiração

Eu agradeço cada segundo em que estou na tua presença


Fazer poemas é reciclar suas e idéias alheias
Fazer poemas lá na vila é um brinquedo e na cidade é ser mutante.
Brumas de garoa que chamam às vezes de realidade.
Faz surgir a rima bucólico com utópico.
Enquanto você se prende à vertigem como se fosse o último suspiro, você exprime berrando de contentamento, surpreso com o que chega sem avisar.
Você se transforma em poeta de floresta e de concreto.
É Tarzan agarrado ao cipó atravessando selva ou Salomão suspenso por jardins .
Nesse momento você se pega plagiando Shakespeare, sem nunca havê-lo lido de fato e de direito.
Você se sente Romeu e Julieta ou o suspeito de alguma traição.
Não importa se alternar entre o ridículo, o precavido de castidade ou o dramático.
Não importa se riem ou se têm medo e quem sabe lá, pena de você.
O que é relevante e que nos atenta é que a paixão nos induz a desejar palavras.
A gente rola, se labuza, se impregna de sentimento e emoção.
Uma verdadeira luxúria “redundante_mente” pecaminosa.
Potência lasciva que nos transmutará em imagens e sons e nos fará prometer o impossível.
A receita para um poema nos é dada sem pedir licença ou conselho:
Você se ama perdidamente sem nenhum pudor ou vergonha.
Porém nunca ouse escrever sem estar sob “esse” bendito estado de graça.
Pois passado o instante não mais terás oportunidade para se expressar o que acontece em teu coração e só nessa hora será absolvido e perdoado.
Atente para a sinceridade da sua história, pois na espontaneidade encontrarás a chave para a poesia.
O segredo está em se revelar pouco a pouco sem medo de ser feliz.
Em se manter verdadeiro, sem receio de se perder no trajeto, pois encontrarás sempre o caminho de volta se assim o desejar.
A magia do encantamento nos guiará enquanto sonharmos em comum acordo.
Pois “Ser Poeta”, é “Estar Humano”.

1"Que eu seja cruel, mas nunca desnaturado. Meu único punhal será minha palavra. Cena II, Ato III (Hamlet)

2"Sou muito orgulhoso, vingativo, ambicioso, com mais pecados na cabeça do que pensamentos para concebê-los, imaginação para dar-lhes forma ou tempo para executá-los." Cena I, Ato III (Hamlet)

3 "Duvida da luz dos astros, de que o Sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor." Ato II, Cena II

4*"Aquilo que prometemos no calor da paixão, acalmada a paixão, é por nós abandonado." Cena II, Ato III (Rei - Autor da peça de Hamlet)

5"Teu, para sempre, encantadora dama, enquanto a máquina deste corpo me pertencer." Cena II, Ato II (Polônio - Cintando carta de Hamlet)

6"...porque para um nobre coração os mais ricos presentes tornam-se pobres, quando aquele que oferece o presente já não mais demonstra afeto" Cena I, Ato III (Ofélia)



Não deixe de clicar nos links e faça correlação das cores, não era preciso nem escrever isso, mas....

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