28 de março de 2014

VÁ PUXÁ CASA DU CARÁI VÉI

Tô Injuriada...
Verazmente Injuriada.
Fui a uma Festa da Poesia.
Comemorar o que gosto muito...
Subi no palco e me deparei com o óbvio
Preteri a minha Valsa para a Lua Cheia, por não tentar decorá-la
Como se declama uma valsa sem dança-la?
Sem bailar nas rimas ou rodopiar nas palavras?
Como se recita sem se deixar levar por momentos e deliciar em instantes?
Ora, que coisa mais chata é poesia lida!
Coisa sem sabor, sem sal e sem tempero...
Poesia lida é como como usar camisinha em arroubos adolescentes.
Politicamente correto, necessário, mas pode dar zebra.
Pra começar a gente coloca um par de óculos na cara.
Se arma de um papel ou, hoje, pode ser um tablet.
Olha sempre para baixo, segura microfone com medo que sua voz se perca...
Droga de poesia lida!...
Aí você se dá conta que seu HD tá cheio.
Precisa colocar um externo para conseguir armazenar mais dados.
O seu, tá cheio de coisas que deveriam ter sido deletadas a anos, mas não apaga por medo de entrar um vírus, algo que não te deixe mais lembrar.
Não basta ter cópias em Pendrivers.
Precisa se certificar que tem em CD, pendrive e HD externo.
O supérfluo se torna necessário, e você vai...
E você vai juntando e misturando prazer e pedras no caminho.
Vai acumulando Fatos & Fotos...Nome de revistas antigas que colecionador adora.
Datas e Horas, bom nome para diário de secretária. Aliás bons nomes para livros. Datas & Horas e Diário de Secretária. O último tema já até rendeu um filme.
Você começa a sentir pena. Tem Penna no nome e não sabe decorar.
Enfeitar sua mente com cores e florilégios ficou no passado.
Penna, uma pena Penna
Se continuar assim vai montar um galinheiro.
Cocoricó..
Cocoricó.. Cocoricocó...



Um comentário:

Sylvio Mário Bazote disse...

Concordo com você!
Poesia é para ser sentida! Quando lida se torna meio que artificial, meio que formal (e formol, pois na intenção de conservá-lo, mata o poema).

Aliás, parabéns pela fase criativa e produtiva nas postagens do blog.

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